Cadê o pescador?

Há um pequeno barco parado no começo do mar, quase na areia para que as ondas não o levem embora, o vento leve está mexendo de manso as águas, fazendo o barco balançar pra lá e pra cá. Seu casco denuncia anos de trabalho, ou de anos parado apenas sendo gasto pelo tempo.

Dentro dele tem 2 remos deitados sobre o assento de madeira do pescador, a rede está parte para dentro e parte para fora do pequeno barco, talvez isso signifique que ele está sendo usado, mas, a rede aparenta ser nova, não parece ter sido usada. Tem também um pequeno lampião, parece que o dono do barco pensou em tudo pra que nada faltasse em alto mar!

Mas afinal, de quem será esse barco, cadê o pescador?

Mais à frente tem um pescador à beira do mar, sua vara de pescar está fincada na areia molhada pelas águas começando a ficar mais agitadas, as ondas vão e vem mais rápido agora, a vara parece que vai cair a qualquer momento. Ele tem alguns pequenos peixes, mas nenhum balde para guardá-los, as gaivotas ágeis conseguem roubar e garantir suas refeições.

Esse cara é um amador, pescador de verdade teria todos os apetrechos, estaria naquele barco que tem tudo o que ele precisa para uma boa pesca e não do lado de fora, achando que sabe o que está fazendo.

Então, afinal, cadê o pescador?

O pescador mudou de área, passou um homem barbudo e disse: "Segue-me", então esse pescador largou a rede, calçou o chinelo, bateu as mãos na calça para secá-las e foi com ele! Eles passaram por mim, o barbudo disse que faria de mim um grande pescador, eu disse a ele que iria assim que terminasse aquele dia de pesca, mas, ele continuou andando com o pescador até onde a minha vista não alcançou mais.

“... de agora em diante serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixou tudo, e o seguiu”. – Lucas. 5.10b-11