quinta-feira, 31 de maio de 2012

Contrabando de Bíblias

Distribuindo Bíblias em lugares perigosos.
"Esta não foi uma viagem comum. Henry sabia que ele viajaria por uma região conhecida pela presença crescente de grupos armados ilegais, um lugar onde a Bíblia é vista como uma arma mortal contra a revolução armada. Ele estava levando 20 caixas cheias de Bíblias doadas pela Portas Abertas para a Igreja Universal de Cristo, localizada no município de Miraflores, no estado de Guaviare, Colômbia. Henry, agora um cristão comprometido servindo a igreja perseguida, costumava trabalhar para os insurgentes como militante.
Dirigindo um caminhão antes adquirido pelos insurgentes, Henry trouxe suas caixas ao porto do rio. Assim ele poderia continuar sua jornada para Miraflores viajando rio abaixo. Ele também queria distribuir Bíblias aos cristãos perseguidos e guerrilheiros interessados no Caminho, mesmo que as guerrilhas tivessem banido essa ação meses atrás.
Enquanto Henry procurava por um barqueiro para transportar as caixas, ele achou um velho amigo que costumava trabalhar com ele quando eram guerrilheiros, esse homem o apresentou a um capitão de um barco conhecido pelos militantes por transportar a matéria-prima que eles precisavam para produzir cocaína. Henry não hesitou em aceitar a viagem, ele sabia que  poderia passar facilmente pelos pontos de supervisão sem ser questionado.
Durante a viagem de quatro dias pelos rios Unilla, Itilla e Vaupés, ninguém perguntou a ele qualquer coisa, nem a respeito de suas 20 caixas, eles pensaram que ele fosse um amigo do capitão, que tinha a confiança dos guerrilheiros. Quanto estavam apenas a 500 metros do seu destino final, 300 homens das forças oficiais estavam patrulhando a área, de qualquer modo, Henry e seu parceiro passaram sem serem descobertos.
Estando ele a bordo em um barco ilegal a serviço das guerrilhas, ele poderia no mínimo receber uma sentença de vários anos de prisão se fosse detido. Deus protegeu Henry, um bravo ex-guerrilheiro. Ele decidiu pedir permissão ao capitão para distribuir alguns presentes que trouxera nas caixas. “Vou dar a você um presente de Deus”, disse Henry ao homem, eles se aproximaram curiosos para ver o que era, “Eu tenho Bíblias para vocês”, retrucou Henry. ”Bíblias? Você não sabe que é proibido distribuir ou ler Bíblias aqui?”, um dos homens disse. Ainda surpresos, o resto dos homens a bordo pediram por duas Bíblias, uma para eles e uma para suas esposas. Em outros portos, não havia oportunidade para pregar, mas Henry compartilhou alguma literatura. “Deus me deu graça no meio do inferno; a luz da Palavra veio até nós”, observo. 
Quando Henry finalmente chegou a Miraflores, todos os membros da igreja e o pastor foram apressadamente ao seu encontro para receber as Bíblias, o que para eles pareceu ser como o maior tesouro. Ninguém naquele lugar possui dinheiro para comprar material cristão, então quando Henry deu a eles Bíblias doadas pela Portas Abertas, todos se empenharam trabalhando juntos para distribuí-las pela região. 
 
Em Miraflores, Guaviare, as três igrejas cristãs estão fechadas, as famílias dos pastores e membros das igrejas tiveram de fugir para outros lugares, cristãos que permaneceram estão vivendo sob constante ameaça, não é permitido a eles dar oferta e dízimos, proibidos de se encontrarem em lugares públicos, alguns cristãos encontram-se secretamente.
Os guerrilheiros entregaram uma igreja cristã ao departamento local para realizar festas comunais, o pastor, Hermes Mondragon, foi banido da cidade e hoje ele prega em fazendas clandestinamente. Durante essa visita, Henry orou com seus irmãos em Cristo naquele mesmo lugar onde anos atrás, quando ele era um guerrilheiro, queimou uma bandeira americana em um ato de rebelião. 

Deus também protegeu Henry em sua volta para casa, embora ele tenha tido muitos problemas e ameaças. Ele disse que Deus abriu os caminhos para levar Bíblias a Miraflores, e Deus continuará abrindo caminhos no futuro".
Retirado do site www.portasabertas.com.br

Lais Manso

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ultima semana

Você conhece a Colômbia? Já ouviu falar sobre os cristãos que são perseguidos por lá? Não? Então leia as próximas linhas com muita atenção e nos ajude em oração!

COLÔMBIA


Apesar das disputas entre as diferentes tradições, o cristianismo continua a ser uma força significativa na vida colombiana. O trabalho agressivo de evangelização tem ajudado a Igreja a crescer mais ainda. Pesquisas recentes indicam que a instabilidade do país tem levado os colombianos a reavaliar suas crenças religiosas, o que acaba por gerar um novo temor a Deus, quaisquer que sejam suas doutrinas. Mesmo a guerrilha tem sido alcançada pelo evangelho.
Um bom número de guerrilheiros convertidos e desertores agora estão empenhados em levar a Palavra de Deus a todos ao seu redor, especialmente aos seus antigos companheiros.
A perseguição

O crescimento da Igreja é significativo. As guerrilhas, os cartéis do narcotráfico, o corporativismo corrupto do governo e as religiões tradicionais continuam a testar a fé dos novos convertidos. Aqueles que se convertem são considerados traidores e alguns são assassinados. Missionários são ameaçados, sequestrados e às vezes mortos. Muitos cristãos são martirizados por assumir posições contrárias ao crime.
A Igreja evangélica da Colômbia é formada por cinco milhões de membros, dos quais 20%, um milhão, formam a Igreja Perseguida. Quinhentos mil cristãos perseguidos vivem entre os desalojados (campos de refugiados ou abrigos), em extrema pobreza. Os outros 500 mil vivem em áreas de conflito controladas pelos grupos armados ilegais. Estatísticas do Conselho Evangélico de Igrejas da Colômbia indicam que mais de 400 igrejas já foram fechadas e cerca de 150 pastores foram assassinados pelos subversivos desde 1998.
Após o fracasso dos acordos de paz entre governo e guerrilhas, os rebeldes se recusaram a sair da região. As igrejas continuaram fechadas e a pregação do evangelho, restrita. Diversas pessoas passaram a cooperar com os grupos subversivos.
Ao longo do século XIX e do século XX, a Colômbia sofreu várias instabilidades políticas fomentadas pelas oligarquias conservadora e liberal, culminando na chamada "Época da Guerra Civil", que se arrastou de 1863 a 1880 e foi sucedida pela "Guerra dos Mil Dias", de 1899 a 1903, provocando a morte de 60 a 130 mil pessoas. Os grupos guerrilheiros/revolucionários que existem hoje na Colômbia teriam surgido do banditismo social praticado por grupos armados indígenas contra o poder colonial e, depois, contra as elites oligárquicas detentoras dos grandes latifúndios.
As FARCS (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e a ENL (Exército Nacional de Libertação), grupos de cunho marxista, sugiram após e inspirados pela revolução cubana de 1959. Ambas têm como objetivo tomar o poder por meio do conflito armado e não por meios democráticos. As guerrilhas e os paramilitares são, em grande parte, financiados pelo narcotráfico, com confisco de propriedades privadas, e lutam por áreas de influência nas zonas rurais do país. Grupos paramilitares já expulsaram milhares de camponeses de suas terras, a fim de liberar o campo para a batalha. Com isso, cria-se um grande êxodo de desabrigados em direção às cidades, onde um novo ciclo de pobreza e violência é iniciado.
A Colômbia é dominada pela Igreja Católica. Apenas uma pequena parcela da população - cerca de 2% - é ateia, ou não professa nenhuma religião. Algumas das tribos indígenas ainda preservam suas práticas religiosas tradicionais e há pequenos grupos muçulmanos, judeus e bahaístas.
*O canal do Panamá é uma importante rota comercial, construída entre 1908 e 1914, que liga o Oceano Pacífico ao Atlântico, facilitando o comércio entre os EUA, a América Central e o Caribe.

Pedidos de oração

É estranho para nós um país tão perto estar sofrendo toda essa perseguição, mas isso existe e nossos alvos de oração essa semana são:
1.    Pelas reconstruções das igrejas queimadas em áreas que as guerrilhas controlam.
2.    Pelos pastores e missionários que sofrem diversas ameaças dos guerrilheiros.
3.    Pra que Deus possa estar agindo para que os pastores sequestrados possam estar sendo libertados.
4.    Pelo sustento dos novos cristãos. 
Lais Manso

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Você tem fome?

  
População do Chifre da África sofre com pior seca em 60 anos.*


Somali constrói tenda improvisada om galhos de árvores em acampamento para refugiados, em Mogadíscio. Cerca de 875 mil somalis se refugiaram em países vizinhos após se verem forçados a emigrar por causa do longo conflito, a seca e a crise de fome que assolam seu país, informou nesta quarta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).


 A carcaça de uma vaca perto de Lagbogal, 56 km da cidade de Wajir, no Quênia. A ONU afirma que o Chifre da África ainda não vive uma situação de fome, mas sim uma emergência humanitária que está piorando rapidamente.






O somali Moktar Hassan Garad enterra o filho de cinco anos que morreu em hospital de Mogadíscio. Uma agência da Onu informou que, em média, 10 crianças morrem por dia em campos de refugiados para somalis na Etiópia.







Menino subnutrido chora em um hospital do campo de refugiados de Dadaab, no Quênia, onde estão cerca de 440 mil refugiados. A maioria vem da Somália, que sofre com a guerra civil e enfrenta a pior seca das últimas seis décadas. Mais de mil pessoas por dia chagam a Dadaab, que tem capacidade para 90 mil pessoas.






Crianças fazem fila para receberem comida oferecida naRefugiada idosa aguarda para receber comida dentro de um centro de distribuição de alimentos em Dadaab, no Quênia. O local foi projetado para receber 90 mil pessoas, mas mais de 440 mil estão lá atualmente. A maioria vinda da Somália, um dos países que mais sofre com a pior seca dos últimos 60 anos na região conhecida como Chifre da África.
Homem da Somália refugiado no Quênia faz exame de sangue em hospital de Dadaab.











 Refugiada idosa aguarda para receber comida dentro de um centro de distribuição de alimentos em Dadaab, no Quênia. O local foi projetado para receber 90 mil pessoas, mas mais de 440 mil estão lá atualmente. A maioria vinda da Somália, um dos países que mais sofre com a pior seca dos últimos 60 anos na região conhecida como Chifre da África.






A Etiópia e todo o "chifre da África" precisam das nossas orações e da nossa ajuda. Acesse http://www.portasabertas.org.br/doacoes/ e veja como ajudar.

Lais Manso

* Informações retiradas do site Terra, http://bit.ly/pLKkj0

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Etiópia


Casal agricultor chorando a morte de seu filho de 4 anos, que morreu de desnutrição.


A Igreja
O protestantismo chegou à Etiópia com sociedades missionárias. As três principais missões que formaram a Igreja protestante na Etiópia são: missão luterana, missão Interior do Sudão e a missão menonita. As missões luteranas foram as primeiras a chegar e criaram a igreja Mekane Yesus (lugar de Jesus), em 1959. A Mekane Yesus é forte no sul e oeste da Etiópia, áreas abertas aos missionários, por não haver forte presença ortodoxa.
A missão Interior do Sudão começou a trabalhar no Sul da Etiópia na década de 1920 e saiu do país quando os italianos invadiram o país, em 1938. Voltando cinco anos mais tarde, esses missionários encontraram uma próspera igreja, formada por mais de cem congregações e 20 mil membros. A igreja Kale Hiwot (Palavra de vida) nasceu desse ministério e continuou a crescer desde o restabelecimento da liberdade religiosa, em 1991.
A missão menonita foi à Etiópia após a Segunda Guerra como agência de ajuda humanitária, mas recebeu autorização para evangelizar. Duas igrejas distintas nasceram por influência da missão menonita: a Meserete Kristos (Cristo é o fundamento), parte importante da organização menonita mundial; e a igreja Mulu Wengel (Evangelho Pleno), que procura se manter livre de ligações com o ocidente.
A Perseguição
A constituição prevê a liberdade de religião, tendo outras leis e políticas contribuído para a prática livre da religião em geral.  O governo de modo geral respeita a liberdade religiosa na prática, no entanto, ocasionalmente algumas autoridades infringem esse direito. Tensões localizadas entre as comunidades muçulmana e cristã resultaram em alguns episódios violentos. Através de vários programas cívicos, o governo tentou combater a violência sectária.
A perseguição durante o regime marxista de Mengistu Haile Mariam (1974-1991) foi bastante severa, mas diminuiu consideravelmente após a queda do regime, em 1991. Em 1997, a igreja protestante testemunhou uma oposição radical exercida por muçulmanos, cristãos ortodoxos e pelo governo.
A Igreja evangélica é a que mais sofre, por ser a minoria. Ela é monitorada pelo governo e não goza dos mesmos direitos que os ortodoxos ou muçulmanos, pois são consideradas seitas. A Etiópia é um dos casos em que a igreja persegue os adeptos da sua própria fé. Apesar disso, a igreja etíope cresce em ritmo acelerado; a atual atmosfera de liberdade tem favorecido a oportunidade de evangelização no país.
População
A distribuição da população da Etiópia geralmente está relacionada à altitude, clima e solo.  Esses fatores físicos explicam a concentração da população em terras altas, que são dotadas de temperaturas moderadas, solo rico e precipitação adequada.
A população etíope é diversificada. Há no país mais de 70 grupos étnicos que, juntos, compõem a população, falando 84 línguas. O idioma amárico é o oficial, e o maior grupo étnico é o Oromo. Algumas escolas, entretanto, substituíram o ensino dessa língua por outras mais faladas na região, como o oromifa e tigrinia. Devido ao alto nível de infecção por HIV e ao nível de pobreza da maior parte da população, a expectativa de vida no país é de 56 anos. Apenas 42% da população com mais de 15 anos é alfabetizada.
Economia
A pobre economia da Etiópia é baseada na agricultura, que corresponde a cerca de 90% do PIB e a 85% dos empregos gerados no país. Café, feijão (sementes oleaginosas) e cana-de-açucar são os principais produtos de exportação.
As secas periódicas, a erosão e o esgotamento do solo, o desmatamento, a alta densidade populacional e a infraestrutura precária tornam difícil o abastecimento satisfatório dos mercados. O país recebeu, em 2010, mais de 700 mil toneladas de alimentos como ajuda humanitária. As indústrias mais importantes são as de tecido (de algodão), cimento, alimentos enlatados, material de construção e artigos de couro
A Etiópia é um país muito empobrecido, os missionários que trabalham lá, alem de sofrerem com a perseguição, tem que enfrentar todos os dias dificuldades muito difíceis como a pobreza, e a morte de muitas crianças pela desnutrição.
Essa semana nossos alvos de oração são: 

1. Pelos missionários que estão tentando testemunhar o amor de cristo, mesmo em meio a tanta dificuldade. 
2. Pelas famílias agricultoras, muito empobrecidas que veem seus filhos e filhas morrerem de fome todos os dias.
3. Pelo restabelecimento da natureza, assim os agricultores que são 90% do país poderão produzir sua subsistência. 
4. Pela sociedade, que entenda que os cristãos protestantes somente querem ajudar sua comunidade e não dividi-la.
Lais MansoSilva

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Inter-Participação

    Olá Inter's, como estão? A Paz!
    Temos recebido alguns elogios e também comentários sobre o mês de postagens sobre a Igreja Perseguida, sua história, seu surgimento, seus desafios, seus missonários e os países que ainda sofrem perseguições religiosas.
    Através do Inter-Colunista Felippe Regis, a Inter-Leitora Mariane Moriel, nos enviou esse vídeo que fala sobre o crescimento do Islamismo no mundo. Vale muito a pena ver, afinal, a religião predominante nos países perseguidos é justamente essa.
 

    Essa semana começamos falando da Etiópia e um dado interessante que lemos é que "A Etiópia é um dos casos em que a igreja persegue os adeptos da sua própria fé. Apesar disso, a igreja etíope cresce em ritmo acelerado; a atual atmosfera de liberdade tem favorecido a oportunidade de evangelização no país". 
    Então está mais do que na hora de orarmos, clamamarmos, enviarmos e agirmos mais!
    Inter-Abraços.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

#Testemunho


“O tempo de Deus é perfeito”: O testemunho de um cristão da Etiópia

Em 20 de março de 2012, após quase dois anos de prisão, Tamirat WoldeGorgis foi finalmente libertado. Marido e pai de duas filhas, ele foi condenado a três anos de prisão acusado de supostamente profanar o Alcorão.
 Sua prisão aconteceu após um desentendimento entre ele e um amigo muçulmano. O conflito resultou em um assalto a Tamirat. Na noite de 02 de julho de 2010, vários extremistas islâmicos liderados por seu colega de quarto, se aproximaram dele e começaram a insultar sua fé e a ameaçalo de morte. Quando o primeiro golpe atingiu seu rosto, Tamirat gritou pedindo ajuda.
 Moradores da aldeia vizinha, de maioria muçulmana, rapidamente vieram o em seu auxilio, mas logo que ficaram sabendo os motivos pelos quais ele estava sendo agredido, se voltaram contra ele. Felizmente, haviam policiais à paisana na região. Inicialmente os policiais queriam ajudar Tamirat. No entanto, ao ouvir as acusações dos agressores que alegavam que Tamirat havia difamado o Islam, os políciais também o matraram e o levaram sob custódia.
 No dia seguinte, dois irmãos na fé foram  à delegacia para visitar Tamirat e descobriram o motivo de sua prisão. Quando perguntaram sobre ele, os policiais responderam asperamente que ele fora preso por insultar o Islã. Embora conhecessem Tamirat por pouco tempo, eles acharam muito estranha e inveridica a acusação, e cautelosamente tentaram defendê-lo. Isso provocou uma reação ainda mais agressiva por parte dos policiais e sem qualquer justificativa, os dois homens ficaram presos por vinte dias.
 "No terceiro dia, amarraram minhas mãos e pernas e me bateram", compartilhou Tamirat". “Eles queriam que eu 'confessasse' que insultei o Islã e que eu escrevesse páginas do Alcorão. O interrogador me explicou que se eu confirmasse as acusações, eles melibertariam".
 Tamirat se recusou, dizendo que todas as acusações eram falsas. E explicou-lhes que tinha um acordo com seu companheiro de quarto que lhe devia dinheiro, mas que este para se livrar da divida havia planejado mata-lo. Então, o interrogador levou a Tamirat um formulário para assinar, que aparentemente reconhecia que ele havia passado por um interrogatório. O conteúdo do formulário estava em somali, uma língua que Tamirat não entendia. Inconscientemente como um bom cidadão, Tamirat assinou o formulário.
 Somente quando seu caso foi levado perante o tribunal, ele ficou sabendo do que de fato se tratava o documento. Ao assinar o documento ele foi enganado e induzido a admitir a culpa. Tamirat pediu desesperadamente a oportunidade dese defender e afirmar a sua inocência. Mas o juiz negou-lhe esse direito e deu o veredicto.  Tamirat foi condenado a três anos de prisão.
 Na prisão compartilhaou uma célula de 4m x 4m com outros quarenta presos. Além de todas as condições insalubres da prisão, Tamirat se sentia completamente isolado de todos  os seus relacionamentos. Nem mesmo seu advogado, nem os líderes de sua igreja tinham autorização para visita-lo. Doze meses depois, Tamirat já não tinha mais esperança de sair da prisão. O Supremo Tribunal havia negado a todos os seus apelos.
 Tamirat tinham medo de revelar o motivo de sua prisão a outros detentos. Ele dividia a cela com perigosos criminosos muçulmanos e temia a reação deles compartilhasse sua fé em Cristo.  "Mas, sendo um cristão devoto, era impossível esconder minha fé e o confronto não poderia ser evitado por muito tempo."
 A data do julgamento de Tamirat foi adiada por várias vezes. Ele não recebeu nenhuma notícia ou visita. Sentiu-se totalmente esquecido. “Por muitos meses eu não sabia que os cristãos estavam orando por mim”, disse Tamirat. “Ninguém foi autorizado a fazer contato comigo ou falar comigo mesmo quando estive no Tribunal”.
 Mas em um dia específico no Tribunal, Tamirat percebeu algumas pessoas tentando fazer contato visual com ele, como se dissessem "estamos aqui por você". Quando o juiz chamou Tamirat, ele viu os homens curvando a cabeça e ele sabia que eram cristãos e que estariam orando por ele naquele momento. Pela primeira vez em meses, uma alegria indescritível tomou conta de Tamirat.
 O encontro com aqueles cristãos significava muito para Tamirat. Ele foi animado com a presença deles ali e Deus os usou para dizer que ele não estava sozinho nesse momento dificil. Embora estivesse fisicamente separado dos seus irmãos em Cristo, ele sabia as orações os unia como família.
 Ter a certeza de que irmãos estavam orando por ele, era o que Tamirat precisva para enfrentar os próximos meses na prisão. "Eu estava totalmente convencido de que meu caso estava nas mãos do Senhor."
 Finalmente, saiu veredito do juiz. Eles não conseguiram encontrar provas para incriminá-lo, mas o juiz também não queria absolve-lo das acusações. Então, sua sentença foi diminuida para dois anos. A essa altura, ele já havia cumprido 16 meses de prisão. Cinco meses depois, Tamirat foi libertado.
 Na noite de 20 março de 2012, Deus falou com Tamirat através de um sonho. "Deus me disse que eu seria liberado no dia seguinte". Sua libertação aconteceu de repente. Em circunstâncias normais, os presos são ordenados a tomar banho e lavar suas roupas antes de sairem da prisão. Mas com Tamirat isso não aconteceu.
 Tamirat não tinha idéia do que estava esperando por ele do lado de fora da prisão. Grande foi sua alegria quando viu vários cristãos à sua espera em frente à prisão, alegres e louvando a Deus por sua libertação.
 "Que toda a glória seja dada a Deus, que me sustentou e guardou nas horas mais dificeis. O tempo de Deus é perfeito, Ele me fez mais forte e fortaleceu a minha fé. Agradeço tambem à Portas Abertas pelo apoio, preocupação e pelas orações”.

sábado, 12 de maio de 2012

Afeganistão...


“Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” Rm 10.13-15

Não existe novidade em afirmar que Jesus comissionou seus discípulos para gerarem mais discípulos. É de conhecimento comum de todos os cristãos, que a Palavra de Deus precisa ser pregada, vidas precisam ser alcançadas e o nome de Cristo precisa ser conhecido em todos os quatro cantos da Terra. Entretanto, mesmo apesar desta consciência, são poucos os que se empenham em de fato se doar pela causa do Evangelho e se dispor a pregar as boas novas da salvação àqueles que de fato nunca ouviram falar de Cristo.
            Eu diria que hoje, anunciar Jesus para um cidadão brasileiro é uma tarefa tranquila. Sim, eu disse tranquila. Eu sei que talvez você possa sofrer discriminação no meio de seus colegas por ser crente, ou que os seus vizinhos possam te olhar torto, mas isso não é nem de perto a perseguição que Jesus afirmou que seus discípulos iriam sofrer pela causa do Evangelho. Decidir pregar o Evangelho, deve sempre significar morrer para si mesmo e viver para Cristo. Quando uma pessoa decide anunciar a salvação custe o que custar, ela está dizendo não à sua própria vida, aos seus próprios planos, aos seus sonhos e desejos.
            Stanley Jones, um missionário norte-americano de maior destaque do século XX, viveu na Índia pregando o Evangelho por mais de 50 anos, além de ter sido missionário na China. Um homem exemplar, que abriu mão de seus planos para viver no meio de um povo cuja religião predominante é o hinduísmo. No ano de 1928 foi eleito bispo metodista no Kansas, por 24 horas; renunciou ao cargo, pois disse “fui chamado por Deus para ser evangelista e missionário”. Ser chamado para anunciar o Evangelho, não tem a ver com cargos ou posições, tem a ver com viver a palavra que se prega, se entregar à uma causa e estar disposto à morrer por ela se necessário.
            Hoje, muitos grupos cristãos têm se preocupado com o lazer e o convívio saudável entre os irmãos da própria comunidade, e estas coisas são com certeza importantes, mas jamais serão a essência do Evangelho. A essência do Evangelho de Cristo é o cumprimento do Ide proposto por Jesus, e se por algum motivo você não se sente pronto ou capacitado, eu diria que você tem no mínimo a obrigação de orar pelas pessoas que doaram suas vidas à causa do Evangelho de Cristo. Existem missionários sofrendo e morrendo porque decidiram abandonar suas casas e seus países de origem, para viver no meio de povos que não conhecem a Palavra de Deus, e eu vou te dizer, que o sofrimento que eles passam é muito maior do que um olhar torto! Muitas destas pessoas passam por fome, perdem seus pertences em acidentes diversos, são ameaçados por poderes opressores dos países em que se encontram; alguns chegam ao nível de serem torturados e mortos!
            O Cristianismo chegou ao Afeganistão, por exemplo, durante os primeiros séculos da era cristã, por volta do ano 400 d.C. quando as primeiras comunidades foram fundadas. Entretanto, este país passou por um período de dominação do islamismo, e é esta a crença predominante nos dias atuais. E exatamente por isso, grandes problemas surgem, já que a lei muçulmana proíbe o abandono da religião. E muitos deles, quando se convertem e aceitam a Cristo como Senhor e Salvador, são rejeitados pela sua própria família, colocados para fora de casa, isso quando não são presos, torturados e obrigados a retornarem à religião de origem. O que fazer então quando um islã se converte à Cristo? Muitos missionários cristãos pregam a palavra clandestinamente neste país e acolhem aqueles que se convertem, oferecendo-lhes abrigo e propiciando o crescimento no Evangelho.
            Não existe outro caminho para a salvação que não Jesus Cristo. Somos salvos pela Graça, que é de fato de graça. E não nos doamos à pregação para pagar ou retribuir à Deus; mas uma vez que de fato a Graça de Deus nos alcançou e nos salvou, ela não pode ficar parada em nossas vidas, precisa ser anunciada e transmitida. Mas para que isso aconteça, o nome de Jesus precisa se tornar conhecido em todo o mundo; pessoas precisam pregá-lo. O convite e o desafio já foram feitos a cada um de nós por meio da ordem no imperativo “Ide e fazei discípulos”. Somos todos chamados para ir; somos todos chamados para anunciar.
André Yuri Gomes Abijaudi